Plano de Burnham (1909)

O Plano de Chicago, de Daniel Burnham.
A expansão da cidade de Chicago, foi tão rápida que foi quase impossível planejar a disposição econômica em função da quantidade de pessoas. O interesse público passou a exigir que Chicago abrisse sua visão que antes era para os seus interesses pessoais para uma dimensão maior, da estrutura e da organização do ambiente a ser construído, de forma que passou a ser indispensável à criação de uma “cidade bem ordenada e conveniente”.
Em 4 de Julho de 1909 foi publicado o Plano de Chicago, tem como principal autor o arquiteto e urbanista Daniel H. Burnham e é um dos documentos mais notáveis na história do planejamento urbano. Os cidadãos de Chicago, juntamente com os autores do plano passaram a acreditar numa cidade melhor que beneficiaria as pessoas que precisavam dela.
O plano consistia na elaboração de um conjunto de parques e grandes avenidas, em que a integração física de sistemas de transporte e recreação fosse o elo de organização dos prédios, ruas e parques. Resultado de um processo de planejamento flexível e bem divulgado, nas décadas seguintes, o Plano de Chicago inspirou a criação do desenvolvimento de parques, de novos elementos de transporte e de um cinturão verde permanente ao redor da área metropolitana.
Como a cidade foi crescendo além dos seus limites pré-delimitados, em 1923 foi organizada por líderes cívicos, a “Semipublic Chicago Regional Planning Association”, um fórum para fazer a coordenação voluntária dos planos do governo local que estavam fora do controle de Chicago. Esse fórum representou um esforço feito para manter viva a visão de planejamento dos anos 1910.
Parte do Plano de Burnham foi criado a pedido do Clube Comercial de Chicago, uma organização fundada em 1877, que procura abordar as questões sociais e econômicas mais importantes para a região de Chicago. Outra ação do Clube Comercial de Chicago foi recomendar a partir de um plano feito pelo o grupo Metropolis 2020, também criado por eles, a concepção de uma agência para fazer o planejamento regional da cidade. Assim, por essa sugestão, o legislador de Illinois criou o CMAP, Chicago Metropolitan Agency for Planning (CMAP), que acabou por desenvolver essa função de realizar um projeto de desenvolvimento ordenado para as regiões determinadas.
Diagrama da Região do “Chicago Metropolitan Agency for Planning”.
O CMAP foi o órgão de planejamento responsável pela criação de um outro plano, o “Go To 2040”.
Go To 2040
“Go to 2040” é um plano estratégico que pretende, nas próximas três décadas, a partir da sua data de criação (outubro, 2010), fortalecer a posição de Chicago como um dos centros econômicos dos Estados Unidos, em projeção mundial. Prosperidade sustentável é a palavra-chave do plano, estimulada pelo desempenho da força de trabalho, do ambiente de negócios e da infraestrutura.
A região metropolitana de Chicago, chamada “Grande Chicago”, hoje acomoda 8.600.00 habitantes. Em 2040, a previsão é de que esse total seja 25% maior, ou seja, cerca de 11 milhões de habitantes, o que iria aumentar a pressão sobre uma efetiva solução dos problemas urbanos.
O “GO TO 2040” pretende traçar o caminho da prosperidade sustentável para as sete regiões administrativas de Chicago e seus 284 bairros, reverenciando Burnham e Bennett pelo entendimento revolucionário, no início do século 20, de como a cidade deveria abrigar seus moradores, facilitando a locomoção, estimulando a economia e preservando o patrimônio natural em grandes espaços.
Em uma situação atual em que se é capaz de ocupar a terra de modo extremamente rápido colocando em risco os recursos naturais, o plano, demonstra preocupação com os efeitos do desenvolvimento atual e serve como uma demonstração de como a população de Chicago continua preocupada em reverter tendências negativas e lutar por um padrão de qualidade de vida cada vez mais elevado.
O projeto foi amparado por uma pesquisa abrangente e por instituições importantes do cotidiano da cidade. Um trabalho em conjunto que visa tornar a prosperidade sustentável bem acessível a todas as comunidades.
Burnham, no Plano de 1909, se preocupou profundamente com as condições de vida para os cidadãos comuns, queria uma cidade que não fosse apenas grande, mas também habitável. O plano “Go to 2040”, que segue o legado do antigo Plano, contém adicionado a esses antigos conceitos, capítulos dedicados à educação, nutrição, acesso a cuidados de saúde, conservação de energia e outras questões de qualidade de vida, além de ações para áreas verdes e para o transporte.


Alinhado ao investimento estratégico no transporte, existe a intenção também de aumentar o compromisso com o transporte público na cidade, já que ele mantém carros fora das estradas, reduz o congestionamento, e melhora a qualidade do ar para todos.
Uma das causas para que as pessoas optem por não utilizar o transporte público é a preocupação sobre atrasos ou serviço infrequente do transporte público, por isso é deve-se investir na manutenção, colocando a infraestrutura em boas condições, reduzindo atrasos e aumentando a confiabilidade.
Site do Plano para mais informações: http://www.cmap.illinois.gov/
Para mais informações sobre o "Go To 2040", acesso o site oficial no link abaixo:
Chicago Metropolitan Agency for Planning
Chicago Metropolitan Agency for Planning
Referências:
FIELD, Cynthia R. Burnham Plan, Plano of Chicago. The Electronic Encyclopedia of Chicago, Chicago Historical Society, 2005. Disponível em: http://www.encyclopedia.chicagohistory.org/pages/191.html. Acesso em: 12 mar. 2012.
ABBOTT, Carl. Planning Chicago. The Electronic Encyclopedia of Chicago, Chicago Historical Society, 2005. Disponível em: http://www.encyclopedia.chicagohistory.org/pages/191.html. Acesso em: 12 mar. 2012.
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